As1one, banda formada por israelenses e palestinos, quer ser o 'BTS do Oriente Médio'
17/10/2024
(Foto: Reprodução) Grupo se descreve como 'a primeira boy band israelense e palestina do mundo' e saiu de Israel um dia antes do conflito com o Hamas. As1one
Reprodução/YouTube
Em 2021, os empreendedores musicais James Diener e Ken Levitan criaram um projeto ambicioso: o "BTS do Oriente Médio", afirma a revista "Billboard". Após uma série de audições em grandes cidades e pequenas vilas em Israel, os empresários encontraram seis cantores e formaram a boy band As1one.
O grupo, que se descreve como "a primeira boy band israelense e palestina do mundo", é composto por um muçulmano palestino, quatro judeus israelenses e um cristão palestino. Eles estrearam em setembro, com a faixa pop "All Eyes On Us", com participação de Nile Rodgers (da banda Chic).
"Nossa missão é unir pessoas através da música", escreveu a banda no Instagram.
Guerra adiou estreia do grupo
O grupo foi formado antes da eclosão do conflito na faixa de Gaza. Após as audições dos integrantes, a boy band se preparava para lançar suas primeiras músicas ainda em 2023.
Os cantores saíram de Tel Aviv rumo a Los Angeles no dia 6 de outubro, com planos de gravar o primeiro álbum. Quando desembarcaram, receberam a notícia do ataque do Hamas à rave em Israel.
Com a eclosão do conflito entre Israel e o Hamas, todos os membros do grupo perderam amigos e familiares. Os membros receberam a oferta de voltar ao país judeu, mas tomaram a decisão de continuar nos EUA e tentar a carreira musical.
“No começo, nós realmente nos sentíamos mal por não podermos fazer nada, por não podermos ajudar nossas famílias e amigos em Israel. Mas então, quando você pensa sobre isso, você realmente percebe que estamos em uma missão e que podemos ser úteis. Podemos mostrar ao mundo", disse a banda à "Billboard".
Ainda em 2024, o As1one lançará seu segundo single e uma série documental. Segundo os empresários, que já assinaram grupos como Maroon 5 e Kings of Leon, os eventos atuais relacionados à guerra “não são um fator" para o lançamento de singles.
"Não é nossa função ser políticos", declarou Nadav Philips, um dos integrantes, à revista "People". "Não é nossa função decidir o que é certo ou errado. Estamos aqui para desempenhar um pequeno papel na união das pessoas."
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